O conceito mySense

No ambiente mySense, todos os dispositivos produzem dados que podem ser numéricos e/ou imagens, georreferenciados ou não, e que são integrados na plataforma no domínio de privacidade de cada utilizador ou grupo de utilizadores. A partilha de dados, possível e sob controlo do proprietário de cada objeto, emerge da necessidade da extração de um melhor conhecimento sobre o desenvolvimento de uma dada fileira e mesmo para a previsão de doenças.

Por isso, todos os utilizadores mySense podem decidir partilhar todos, ou parte, dos dados dos seus dispositivos para a comunidade e assim contribuir para uma malha de dados mais refinada. A comunidade mySense, atualmente em construção, também permite a criação de serviços sobre esses dados por forma a ajudar no desenvolvimento do conhecimento no conceito da Agricultura de Precisão.

• Plataforma para suporte de dispositivos IoT (Internet Of Things);
• Suporte para integração de dados numéricos georeferenciados e de imagem;
• Acesso por interface RESTful API;
• Múltiplos domínios de privacidade dos dados: Privado, Grupo privado e público;
• Formatos normalizados: JSON;
• Interface gráfica para visualização e exportação de dados;
• Três tipos de conta: Gratuíta, avançada e premium;
• Atualmente em desenvolvimento e implementação de novas funcionalidades;

Termos e definições

Para que se possa compreender corretamente o enquadramento da plataforma mySense, é necessário introduzir a nomenclatura de todos os intervenientes. A figura seguinte ilustra, de forma simplificada, as relações entre dispositivos IoT, os seus gestores e os métodos existentes para acesso a dados.

Da figura destacam-se os objetos mySense, responsáveis pela produção de dados e seu envio através de uma RESTful API para a plataforma, os respetivos grupos de objetos, uma associação lógica que os permite contextualizar, e o sistema de gestão de utilizadores.

Um utilizador, além de proprietário dos seus objetos, pode ser associado a grupos que por sua vez podem gerir objetos e grupos de objetos, através de um sistema de permissões. Por defeito, qualquer objeto, quando criado, fica a pertencer a um grupo. O mesmo acontece cada vez que um utilizador se regista. Posteriormente, são permitidas associações entre grupos, o que permite uma enorme flexibilidade na gestão e administração dos dados de todos os objetos que estejam ao alcance de cada um.

Dispositivos IoT na plataforma mySense

dados e/ou ações. Canal é entendido como o ponto de ligação de um sensor ou de um atuador e que é endereçável por um número. Assim sendo, um dispositivo IoT, na sua constituição básica, tem de ter, no mínimo, um canal. A figura seguinte oferece uma visão simplificada do processo de criação de um dispositivo IoT na plataforma mySense.

A criação de um dispositivo IoT pressupõe a criação de um objecto mySense, seguido da respetiva adição de canais. Um canal pode ser de entrada (para ligação de sensores), de saída (para ligação de atuadores) mas também pode ser um sistema de captura de imagem. Os canais de saída são particularmente uteis em permitir o envio de ordens específicas para atuadores associados a um determinado dispositivo. O número de objetos e de canais máximo permitido depende do tipo de conta que o seu proprietário detém. Na configuração mais simples, a conta gratuíta, um utilizador dispõe de 2 objetos e um total de 4 canais.

Acesso a um objeto mySense

Um objeto mySense é acedido através de um recurso onde é explicitamente indicado o seu ChannelUID. Em todas as comunicações através da API, é usada uma chave de 32 caracteres, denominada APIKey, necessária para que o objeto se autentique.

Canais mySense

Para produzir dados, um objeto mySense tem de conter pelo menos um canal. Cada um é também identificado através de um identificador único ChannelUID, particularmente útil para acesso, através da RESTful API, de dados e meta-dados. Ao nível da visualização, este identificador permite um acesso direto.

Sendo um canal mySense a unidade mínima para a produção de dados, um utilizador que detenha a necessária permissão poderá alterar a sua privacidade em três níveis:

• Acesso privado - Apenas o seu proprietário pode aceder a dados deste canal;
• Acesso de grupo - Os membros de um grupo podem aceder, mediante um perfil de acesso via grupo, ao objeto que contém esse canal e depois observarem-se as permissões de acesso aos respetivos dados;
• Acesso público - Os dados do canal podem ser acedidos por qualquer utilizador mySense registado.

Condições de disparo

Gatilhos ou triggers são funcionalidades imprescindíveis em aplicações IoT. Sempre que o dado produzido por um sensor ultrapasse um determinado limiar, uma ação pode ter lugar. Na plataforma mySense, vários triggers podem ser adicionados a um canal para criar notificações (por email) e para gerar ações específicas num determinado canal de saída existente no mesmo objeto.

Grupos mySense

As entidades fundamentais que podem ser agrupadas na plataforma mySense são os objetos e os utilizadores. Desta forma, é possível um utilizador gerir um objeto mas também gerir um grupo de objetos distribuídos por uma zona ou, em organizações mais complexas, existir um grupo de utilizadores (com perfis diferentes) que pode gerir um grupo de objetos.

Grupo de Objetos

Os grupos de objetos são associações naturais de objectos que estão relaccionados com uma aplicação e/ou zona de influência. Por exemplo, um conjunto de estações meteorológicas que cobrem uma determinada zona podem ser associadas como um grupo de objetos e assim, o acesso aos seus dados pode ser gerido ao nível de permissões de grupo.
No ambiente mySense, todos os objetos pertencem a um grupo, sendo que um grupo pode conter um ou mais objetos. Pela mesma ordem de ideias, um grupo de objetos é sempre gerido por um grupo de utilizadores, tendo cada um um perfil de uso dos dados e das operações que pode efectuar sobre cada objeto e respetivos dados.

Grupo de Utilizadores

Tal como nos grupos de objetos, cada utilizador mySense pode pertencer a um grupo de utilizadores e, juntamente com os restantes elementos desse grupo, realizar determinadas operações sobre objectos e respetivos dados. Por inerência, um utilizador pertence sempre a um grupo por defeito que só contém esse utilizador. Para contas não gratuítas, um utilizador pode criar grupos e gerir/partilhar recursos com outros utilizadores.